quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

A primeira gota

Antigamente sangravam-se as pessoas doentes para as curar. Acreditava-se que o sangue era a força que movia o espírito; que transportava a vida, mas também tudo o que lhe pudesse fazer mal. Hoje em dia, pouco ou nada disto se faz. Mas eu acredito que, para curar os males da alma, sangrar ainda é a melhor opção.
As palavras aqui gravadas são gotas do meu sangue, o que mais tenho de meu. Tirado de mim a cada golpe que o tempo me vai infligindo, mas por mim dado voluntariamente. Hoje cai a primeira gota.

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