quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Para sempre

Chamem-me mórbido, mas a morte é a única coisa de que se pode ter a certeza nesta vida. E mesmo assim, não se pode estar certo de como e quando ela chegará. Nunca gostei de me sentir preso e por isso sempre tive aversão a comprometer-me. Só prometo o que sei que posso cumprir e não faço promessas a pedido. Sou assim porque, honestamente, lido muito mal com a desilusão. E esta é a razão que fez com que pouco tempo bastasse para fazer de um crédulo um céptico. Por isso desconfio quando me dizem "para sempre". É que o "sempre" pode ser já amanhã.

1 comentário:

Casimiro disse...

Isto até nem deve soar a algo vindo de mim, mas... Não são essas promessas de "para sempre" que nos fazem acreditar que pode valer a pena realizar e investir em algo? Mesmo que nos desiludamos... Mas pelo menos sonhou-se. E às vezes faz bem.