domingo, 21 de setembro de 2008

Revisitado

"Não: não quero nada", disse ele. Perante tanta insistência, repetiu: "já disse que não quero nada". E prosseguiu, desenrolando um extenso protesto contra conclusões, estéticas, moral e metafísica. Censurando quem lhe queria pegar no braço e fazer dele companhia para tudo. Chamando à liça o direito a ser doido e a estar sozinho e em paz. Bendito seja! Assim já fico a saber. Quando me vierem perguntar, já sei o que vou responder. Direi simplesmente: "quero o mesmo que aquele senhor".