sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Tarot

Os videntes, entenda-se "pessoas que prevêem (ou dizem prever) o que por todos é imprevisível; que conhecem (ou dizem conhecer) o que todos desconhecem", são das coisas que mais me divertem. Principalmente quando o visado sou eu. Dá-me um tremendo gozo ver alguém a tentar fazer uma espécie de tarot mental sobre mim. A deitar-se a adivinhar o que estou a pensar, a sentir ou sobre o que estou a falar. E a convicção com que avaliam e dissecam (no fundo, tudo não passa de especulação) cada palavra, cada gesto, cada sorriso e cada esgar como cartas de um baralho com um significado determinado à partida. Nunca confiei nas cartas para conhecer o futuro. Porque hei de confiar nelas para me conhecer a mim?

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