quinta-feira, 15 de março de 2007

Diamantes

Pequenos e cristalinos, límpidos como a água mais pura. Não têm segredos, são transparentes e verdadeiros. Na sua austeridade geométrica são elegantemente graciosos. Já houve quem matasse por eles. O espírito torpe não é capaz de distinguir diamantes genuínos de vulgares cacos de vidro. Pisa-os e eles não partem. Por isso abandona-os à sua sorte numa rua qualquer. Mais tarde haverá alguém que, atraído por aquele brilho invulgar, os levará e tomará como seus, enquanto o outro que os desdenhou pode apenas recordar com saudade como lhe ficavam tão bem.

1 comentário:

Casimiro disse...

Nunca percebi a obcessão por pedaços de madeira muito velha comprimidos a altas pressões...