terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Ópio

Homem, animal de vícios. Vítima do cativeiro na sua própria satisfação. Comodista e acomodado. Masturbar o espírito até já não saber viver senão em êxtase. No dia seguinte, a ressaca. A sensação de perda, de falta. O que houve e já não há. Da euforia ao desespero, a mente delira e alucina; o corpo rói-se por dentro, as entranhas revolvem-se, revoltam-se contra a clausura. É preciso outra droga, metadona para a alma. Que neste estado de coisas, uma overdose era um mal menor.

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