domingo, 15 de novembro de 2009

Incendiários

Quando o escuro e o frio apertam, acendemos uma fogueira. O fogo aquece, ilumina e aconchega. Confortados, adormecemos à luz protectora das labaredas, sentindo-nos seguros com aquele flamejar crepitante. Mas aos poucos a chama faz-se brasa e a brasa se faz cinza. Para arder, o fogo precisa da lenha que não se carrega enquanto se dorme. E assim vamos ateando fogueiras por aí, aquecendo o sono até estas se voltarem a apagar. Já não sabemos viver sem aquele pequeno incêndio. Porque queremos esquecer como era antes de o termos e nos lembramos muito bem de como ele nos fez sentir.

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