quarta-feira, 18 de junho de 2008

Introretrospecção

Vejo, ouço, sinto e viajo. Uma imagem, um aroma, um som. E sem sair do sítio estou de novo lá. Aquela hora que já passou, aquela atmosfera que já respirei, aquela sensação que me invadiu sem pedir licença, já não sei quando, onde ou porquê. Uma qualquer dessas antigas caixas de música, túmulos soterrados pelo pó do tempo que não pára. O sorriso aberto e incontido de quem vive o momento. A certeza triste mas segura de que "antes é que era bom", e não volta mais.

2 comentários:

Casimiro disse...

A nostalgia é isso mesmo: pó que o tempo nos atira à cara. E que teimosamente fica agarrado ao suor do nosso corpo durante mais tempo do que aquele que desejaríamos.

Sophia disse...

E é nestas viagens entre presente e passado que revivemos o que fomos e alteramos o valor dessas experiências pelo o que somos, pelo que passou por nós desde então e pelo tempo que passou por elas, pela saudade e pela certeza de que não voltam mais. É bom reviver. Contudo, não podemos passar nesse reviver o tempo que não dispusémos para viver no passado o que relembramos agora. Há que lavar esse pó e esse suor e aproveitar o presente, que no futuro nos poderá deixar nostálgicos, mas plenos na consciência de que vivemos o mais possível.